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  • Foto do escritorMarcelo Naudi

Robert Fripp

Ajudar a fundar o rock progressivo (como ele fez com o álbum In the Court of the Crimson King, do King Crimson, em 1969, e seis outros lançamentos antes de deixar o grupo, em 1975) foi apenas uma das muitas contribuições de Robert Fripp à cultura da guitarra. No final dos anos 70, Fripp estava colaborando com David Bowie, Brian Eno e Talking Heads e se apresentando em um contexto-solo intitulado Frippertronics. Em 1980, ele formou o King Crimson e incluiu o guitarrista Adrian Belew, tocando músicas que enfatizavam arranjos intrincados. Em 1985 Fripp saiu de cena, re-afinou suas guitarras em um grupo customizado de intervalos que ele chamou e "Nova Afinação Padrão" (C, D, A, E, G, do grave para o agudo) e deu início a seus famosos cursos Guitar Craft, que ofereciam uma abordagem totalmente nova ao estudo de guitarra. Desde meados de 90, Fripp continua com suas atividades do Guitar Craft, expandiu o Frippertronics e reformulou várias vezes a versão ripp-Belew do King Crimson. Ao longo de sua ampla jornada musical, a técnica idiossincrática de Fripp, sempre evitou a abordagem baseada no blues usada pela maioria dos guitarristas de rock. Ele preferia inspirar-se em conceitos associados ao jazz de vanguarda e música clássica (embora, frequentemente, com uma ferocidade parecida com a de Hendrix).



Ele costuma combinar velozes palhetadas alternadas e motivos de tons inteiros ou diminutos. Fripp também desenvolve padrões contínuos de semicolcheia (acredite se quiser, com influência de polca) durante vários minutos, num formato chamado moto perpetuo (movimento perpétuo). O som resultante pode ser ouvido em composições como Fracture, FraKctured e Starless.

Se você quer explorar a "Nova Afinação Padrão", talvez deva fazer algumas trocas de cordas. A C grave pode soar flácida, a menos que o calibre seja aumentado (muitos na comunidade Guitar Craft usam um conjunto .011-.058 para violão). Quando sua guitarra estiver re-afinada, experimente o exemplo abaixo.


Os dois primeiros compassos são típicos do frenesi de tons inteiros de Fripp. Construídas sobre tríades aumentadas, as frases de abertura viaja em movimento descendente de terça menor, gerando ambiguidade virtual de 12 notas antes de pousar num delicado acorde Cmaj7. Palhetada alternada é essencial, assim como deixar todas as notas soar pelo maior tempo possível.


Fonte: Guitar Player

Por: Douglas Baldwin

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